Estou com um problema seríssimo. Por ironia do destino, foi justamente ele que fez com que eu relaxasse e voltasse a escrever algo “publicável”. Mas antes de contar, tenho que ser sincera: 99,9% das mulheres simplesmente amariam ter um problema desses. Eu me incluo nessa estatística. Mas o que me torna tão barroca nesse momento é o fato desse “problema” estar se tornando um pouco constrangedor....

Bem, deixemos de rodeios e vamos ao “x” da questão: calças. Isso mesmo, estou com um problema de calças!! Acho que eu já atingi a minha meta de quilos a serem perdidos (falta apenas atingir aquela meta do combate à gelatina, mas isso é outro detalhe). Da última vez que fui na minha médica, ainda faltavam mais 2 quilos, mas acho que alguma coisa mudou absurdamente rápido no meu organismo nesse período. Sim, isso é gratificante, mas estou começando a ter problemas em encontrar a roupa adequada para trabalhar. Tenho calças que já apertei 4 vezes e que já não podem ser mais ajustadas. Terei que doar. As poucas calças antigas (da longíqua época em que eu vestia 42) que ainda estavam guardadas, há 3 semanas atrás ainda estavam um pouco justas e por isso deixei coloquei-as de lado. No entanto, hoje, por falta de opção, resolvi usa-las e para meu espanto, elas estão caindo. Como eu já estava bem atrasada para o trabalho e tentava escolher a calça menos pior, tentei ajustá-la com um alfinete. Ficou ridículo. Eu parecia um saco de batatas. Resolvi consultar meu marido. Perguntei se estava muito feio sem o ajuste e ele disse que não. Sabe quando você precisa desesperadamente ouvir uma coisa e simplesmente ignora a realidade?? Foi o que aconteceu. Decidi acreditar no meu marido! Justo ele que já me presenteou com um tailler 4 vezes maior que o meu tamanho. Justo ele que, nesses 14 anos juntos, todas as vezes que me dá roupa de presente, eu tenho que, disfarçadamente, trocar. Sim, eu acreditei no meu marido! Foi desespero, só pode!

Assim saí correndo para o trabalho e, entrando no metrô, percebi que tinha algo estranho. Coloco a mão atrás, abaixo da cintura, e percebo que minha calcinha está dois dedos à mostra. Ótimo! Agora eu vou ao trabalho parecendo uma skatista. Uma skatista numa reunião com um setor inteiro presente!

Raivosamente, olho para meu marido e pergunto: “Amor, você não disse que a minha calça não estava feia?”. A resposta que ouvi foi uma espécie de castigo divino, só pode. “Ô! Você me perguntou se estava feio e não se a sua calcinha estava aparecendo”. Me digam uma coisa, de que mundo vêm os homens???

Por minha única e exclusiva responsabilidade, fiquei o dia inteiro segurando a calça para ela não cair. Mico total. Mas para não dizer que o dia todo foi um desastre, algo de bom aconteceu: Achei a minha camisola!!! Ela estava na gaveta das minhas echarpes. Ainda não sei como ela foi parar lá. Mas há essa altura do campeonato, isso é o que menos importa.