Procura-se uma camisola

By Paloma Weyll - julho 04, 2009

O meu projeto de viver uma vida em dois meses e meio está acabando comigo. Estou amando ter um personal trainner e ter um objetivo estritamente pessoal a alcançar em tão pouco tempo. Os resultados são visíveis, mas eu vivo cansada.... Se você acha que eu estou exagerando, confira uma típica agenda semanal:


Nas segundas, quartas e sextas feiras eu tenho natação das 19 às 20 horas

Terças e quintas eu tenho meu personal das 21 às 22 horas. Sendo que nas terças eu ainda tenho terapia das 19 às 20. Assim eu tenho que sair correndo de um lugar para o outro (acho que posso considerar isso como ginástica).

No sábado eu tenho que ir para academia e fazer 10 minutos de corrida na esteira mais 30 de transport e outras tantas abdominais.

Domingo é o dia para descansar (ou desmaiar).


Realmente eu não sei como pessoas conseguem viver esse ritmo por muito tempo (ou toda uma vida!!). Estou tentando encarar, mas está difícil. Vivo com sono, lerda, durante o dia no trabalho (sendo que o auge da lerdeza é na sexta-feira). Na quinta-feira da semana passada eu cheguei tão arrasada em casa que não me dei conta de que tinha vestido toda a roupa do lado avesso. Com se isso não bastasse, há três dias busco uma camisola pela casa. Já vasculhei em baixo da cama, na roupa suja e nas gavetas. A última vez que tenho o registro dela em mente foi ao acordar, morta de sono pra variar, quando automaticamente a tirei e joguei-a (na cama, acho), fui tomar banho, café e sair para o trabalho. Ao retornar a casa, após academia e meu divino banho, não encontrei-a mais. Sinceramente, não confio mais no meu bom senso. Não me surpreenderia caso a encontrasse no armário do meu marido (que por acaso fica em outro quarto). 


Nessa semana no trabalho, minha bate colega não aguentou minha lerdeza descomunal e disse: “Bah! Guria! Tu tens que parar de malhar assim e descansar!” Mas realmente a situação está crítica. Perdir momentaneamente (assim espero) minha percepção para brincadeiras de duplo sentido. Sou sempre a última a rir, salvo quando eu efetivamente não entendo e peço para repetir.  


Quanto ao meu marido, tadinho, mal tenho tempo de dar-lhe atenção. Como ele nunca me viu tão aplicada nas atividades físicas, não comenta nada, para eu não ficar com dor de consciência e perder meu ritmo. Para compensar, hoje resolvi preparar um almoço, Spaghetti ao molho de tomate. Tivemos que sair e fazer compras, uma vez que a despensa de casa agora vive vazia. Para tentar otimizar o tempo, enquanto íamos ao mercado, coloquei a roupa na máquina para lavar (ufa!!). 


Não sei se isso é uma fase de adaptação ou se realmente será assim sempre. Mas eu realmente não sou a super-mulher, estou longe disso. Sinceramente, às vezes tenho vontade de gritar “VIVA AO SEDENTARISMO!!”. Mas por razões morais, me calo. Pelo mês que me resta, garanto a manutenção dessa rotina, mas depois.... Bem, depois disso eu não garanto. Principalmente se até lá eu não tiver achado a minha camisola....

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2 comentários

  1. eu acho que é período de adaptAÇÃO. SERÁ Q VC NÃO PODERIA SE EXERCITAR PELA MANHÃ? TALVEZ FOSSE MELHOR...

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  2. Hahaha ... to com voce e nao abro ... VIVA AO SEDENTARISMO !!! =D

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