Hoje o dia foi F.O.D.A.

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Sabe aquele dia quando as coisas ficam incontroláveis? Filhos irritadiços, super agitados e eu, cansada.
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As férias que deveriam durar 12 dias já ultrapassaram os 30. Deixou de ser férias há muito tempo e começou a ser #caos. Sem #rotina, sem minhas coisas, sem produzir e ganhando, de quebra, um amiguinho indesejável: quilos extras.
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De uma hora para outra, tudo o que eu acreditava e defendia passou a ser questionável:
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✔Questionei a minha inspiração para escrever
✔Questionei a minha decisão de tentar manter os meus cabelos brancos (afinal, onde eu estava com a cabeça?)
✔Zanguei comigo mesma por não ter sido capaz de manter meu peso estável.
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A verdade é que eu me deixei de lado por muito tempo. Trinta dias solta, largada, sem minha rotina matinal, sem meus exercícios, sem escrever, foi mais do que eu poderia aguentar. E o resultado foi esse. Fiquei infeliz.
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Mas também não é o fim do mundo! Uma das vantagens de se conhecer, é saber os seus limites e entender até onde você suporta antes de surtar por completo. Porque a vida é assim. Uma sucessão de provas de resistência exigindo de você #resiliência e flexibilidade. Depois de alguns dias frustrada eu entendi que tudo o que eu precisava era me adaptar de novo.
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Por isso tomei um banho, coloquei a melhor roupa que tinha (dentre as 3 opções da mala) e me dei ao luxo de sair de casa sozinha em busca de uma das coisas que mais senti falta nesses dias:café expresso. Depois, parei o carro perto de uma lagoa, me embreei no mato e comecei a escrever. Esses preciosos minutos foram o suficiente para eu organizar meus pensamentos e estabelecer a nova prioridade: Eu.
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E quanto aos filhos... Bem descobri, a duras penas, que quando a mãe está bem, eles ficam também. E no final das contas tudo isso virou inspiração para meu novo #livro.
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E você? Já teve um dia desses? Conta aí o que você faz para dar a volta por cima.

"As boas mulheres da China". Esse foi um livro que impactou a minha vida. Não que tenha sido o melhor, mas foi o primeiro que me abriu os olhos para uma outra realidade.

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Eu tinha vinte e poucos anos quando o li e fiquei chocada com a situação das mulheres na China, especialmente durante Revolução Cultural. A vida da mulher se resumia a servi e gerar um filho. Homem. Lembro da cena onde uma personagem durante o parto, se preocupava com as consequências caso o bebê fosse uma menina e o seu alivio quando nasceu um menino. Por conta disso seu bebê teria uma vida melhor do que a dela e de bônus ela teria o direito a comer pela primeira e única vez a melhor refeição da sua vida: um mingau.
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Esse livro explica muito sobre a sociedade chinesa dos dias atuais e foi ele que abriu meus olhos e me fez correr atrás de informações sobre a situação das mulheres no mundo, no meu país na minha cidade. Lembro de quando descobri sobre as mulheres de classe média no nordeste que eram subnutridas. Não por falta de recursos. Mas por conta de uma cultura machista onde se deveria alimentar primeiro o marido, filhos e se contentar com o que sobrou. Um filme passou pela minha cabeça com mulheres que conheci e que se encaixavam naquela realidade.
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Quando eu era jovem a internet não era isso que existe hoje. Era demorado achar qualquer coisa, e na maioria das vezes não tinha nada bom ou confiável. Não descobríamos nada fácil. Aprender exigia muito esforço e os recursos principais ainda eram livros. Só consegui mais acesso a literatura de gênero quando fui estudar na Europa. Por isso esse livro foi mágico pra mim. Ele abriu a minha mente a novas possibilidades. Descobrir sobre a condição da mulher no mundo foi como descobri um pouco sobre mim mesma. Tudo isso aos vinte e pouco anos de idade. Muito tarde se comprado as meninas de hoje (em condições mais privilegiadas) que “já nascem” sabendo.
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E você? Tem algum livro que mudou a sua vida?

 

Não é todo dia que você é operada pela sua irmã. E como tudo na vida, tem seus prós e contras.

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✅ Pros:
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✨Ser operada por uma das melhores especialistas em glaucoma do Brasil sem ter que aguardar aprovação do plano de saúde (e se não aprovar...)
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✨Não preciso me fazer de forte e madura. Posso reclamar, pedir para ela parar umas mil vezes antes de começar. Perguntar mil vezes se não vai doer, sem vergonha do que ela irá pensar de mim.
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✨Ter a certeza de que ela estará super, hiper, mega concentrada durante a cirurgia. Afinal de contas, olha a pressão em ter que operar a própria irmã (ou será que não faz a menor diferença?)
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✨E no final de tudo, quando eu vejo que não doeu e a tensão finalmente sai do meu corpo, e eu fico com aquela sensação de que posso desmaiar a qualquer momento, ela olha pra mim e diz calmamente com um sorriso nos olhos (e possivelmente nos lábios), “respira” com toda a paciência do mundo. Porque naquele momento ela não é mais a médica, mas a irmã que me conhece como ninguém e que sabe de todos os vexames que já dei na vida por desmaios (por ver sangue, por ouvir falar de sangue, ou qualquer outro motivo aleatório).
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❌Contra:
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Na verdade só tem um. Estar tão perto e não poder abraçá-la. Mas tudo bem, não posso pensar só em mim. Ser médico nesses dias é cumprir a ferro e fogo o juramento de Hipocrates, dia após dia sem trégua. Tarefa que fica ainda mais estressante quando se luta contra o que não se vê e quando se precisa garantir a segurança da própria casa.
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Irmã, sei que você está cansada, que muitas vezes se sente sozinha, mas tenho que dizer que tenho muito orgulho de você. Não é à toa que você é médica. Não é para qualquer um. Por isso segure a onda. Fique forte. E sempre que puder, dê aquela sua gargalhada. Ela funciona como válvula de escape nos dias difíceis. E eu adoro!
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❤️❤️❤️
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 QUER SABER A VERDADE?

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A verdade é que não existe a melhor hora para começar algo novo.
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Não existe melhor hora para casar...
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para ter filhos...
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Ou para realizar o sonho e começar a escrever seu primeiro livro.
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Eu esperei tanto pelo melhor momento para escrever que 5 anos se passaram e nada. Então, no período mais desafiador da minha vida o livro saiu. E eu completamente fora da minha zona de conforto. Justamente durante pandemia.
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Quando eu não tinha tempo para nada...
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Com crianças pequenas estudando dentro de casa..
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Tendo que reaprender tanta coisa ...
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Tendo que lidar com o drama de fechar a minha empresa...
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E com medo de colocar a cara para fora de casa.
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Por isso agora, vendo as notícias no jornal, com tanta gente perdendo emprego, perdendo a vida, eu resolvi que não quero deixar nada para depois.
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A vida é muito curta. Passa num piscar de olhos.
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Por isso ame, curta, vá atrás dos seus sonhos!
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Se dedique a um novo hobby, esqueça a vergonha.
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Por aqui, eu resolvi ignorar todo o caos que me cerca e comecei a escrever meu segundo livro. No meu ritmo. No meu tempo. Não preciso de pressa.
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E se no meio disso tudo você puder ajudar uma pessoa do seu lado, mesmo que seja com um pequeno gesto, porque não? As vezes isso é tudo o que ela precisa para recomeçar.
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Desejo a você um bom fim de semana. Que você fique bem, seguro e em paz.
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E se puder, por favor #fiqueemcasa

Era fim de tarde. Estava ouvindo música com meus pais e a conversa girava em torno de algo q nunca imaginei ser um dilema para minha mãe, aos 77 anos:

- Estou velha - disse ela, desanimada com a falta de firmeza na pele.
- Você é velha, mãe. Idosa. E eu também estou ficando.
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Não houve nenhum requinte de crueldade da minha parte. Era mais uma auto afirmação pra mim mesma, que estou cansada das propagandas q nos induz a realizar procedimentos para “envelhecer bem”. Como se o nosso natural fosse mal.
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- Verdade. Você está com cabelo branco - disse pai.
- E ela está pensando em não pintar mais - disse mãe
- Eu acho q você deveria fazer o mesmo - replicou pai, se encaixando com naturalidade naquela conversa sobre os dilemas do universo feminino.
- Vamos? - perguntei- Juntas fica mais fácil. Uma apoia a outra. Estou cansada de mudar quem eu sou para me encaixar no que se convenciona como bonito
- Que profundo! Uma verdade - disse pai com ares de pensador.
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Vendo q mãe não se animava, insisti e coloquei pra fora aquilo que rumino há meses.
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- É sério. Não estou dizendo q vou ficar largada, sem cuidar de mim. Mas meus cabelos estão brancos! E isso eu não posso mudar. Que sentido tem pintá-los todo mês só para ficar “mais bonita"? Nos padrões de quem? E se eu assumir meus cabelos, eu ficarei feia? Confesso que tenho até medo de descobrir quem sou debaixo de toda essa tinta.
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Silêncio
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- Falou bonito - disse pai.
- Mas a transição será feia.
- Eu vou com você - disse mãe
- Você está falando sério?
- Estou.
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Ficamos em silêncio novamente, como q refletindo sobre como será difícil encarar essa jornada. Por que não é apenas sobre deixar de pintar os cabelos. É sobre redescobrir quem você é e se sentir bem com isso. Mesmo que o “mundo” inteiro diga o contrário.
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Se vamos conseguir? Não sei. Mas como dizem, é o primeiro passo que conta, certo?

Essa foto contém um símbolo de resistência. Uma palavra de 5 letras que começa a se perder no vocabulário local: Beijú.

Cresci comendo beijú, na maioria das vezes comprando em pequenos quiosques espalhados por Salvador. As placas bem grandes anunciavam os locais que vendiam essas delícias preparadas na hora. Feito de goma fresquinha, que tinha que ser consumida em um curto espaço de tempo, não era algo que pudesse ser feito em casa com frequência. Porque não era fácil achar a goma na cidade que, sem aditivos, estragava rapidamente

Para quem ainda não entendeu, o beijú é conhecido como Tapioca, nome da goma, e que hoje é encontrada em qualquer mercado do Brasil. De uns 10 anos para cá esse termo passou a ser empregado para se referi a essa iguaria também no nordeste e, por isso, fotos como essa são raras. Eu confesso que fico sentida (para não dizer sentimental) por perceber que o nome beijú está se perdendo, graças a um fenômeno tão natural: a necessidade que a língua tem de se adaptar a sociedade. Um movimento tão silencioso, e ao mesmo tempo tão belo, que mostra como a língua é viva, prevalecendo sempre aquelas palavras que melhor expressam a necessidade da maioria. 

Mas eu sou parte da resistência! Porque acredito que um nome tão lindo como esse não pode sumir assim do nada. Me apego a ele com unhas e dentes, falando o nome original sempre que possível. 

Que a palavra irá sumir no tempo e espaço é fato. Mas se eu puder adiar, só por um pouquinho, por que não? 

E você? Tem alguma palavra na sua região que está caindo em desuso? Me conte aí nos comentários. Vou adorar saber.

Porque a “mudança do mundo” na realidade começa com a nossa mudança. Revendo os nossos atos e pensamentos. E isso não é papo de auto ajuda. É a realidade. Não dá para desejar “a paz mundial” quando existe uma guerra dentro do nosso peito. 

Todos os dias eu reflito sobre minhas ações. De algumas, eu não me orgulho. “Eu poderia ter agido de forma diferente”, “eu poderia ter falado com mais delicadeza e de forma mais assertiva”, “Eu não deveria ter perdido a paciência”. Mas permito ser gentil comigo mesma a ponto de me questionar “Como posso fazer diferente amanhã?”

Não se engane, é um esforço diário. A mudança não vem rápida, do dia para a noite, como um passe de mágica. São altos e baixos, tentativas e erros em uma montanha russa de emoções. Porque #mudar da trabalho. Dói. Requer muita #coragem para encarar aquilo que escondemos embaixo do tapete e não admitimos para ninguém, nem a nós mesmos. 

E não adianta querer mudar o OUTRO. Culpar o OUTRO. Desejar que o OUTRO pense diferente. Que o OUTRO fale diferente. Porque sobre isso não temos controle nenhum. Aprendi, depois de décadas para ser honesta, que a única coisa da qual eu tenho o controle é sobre como EU me sinto e sobre como EU reajo diante dos fatos a que sou exposta. E somente isso eu posso mudar.

E quando essa chave começa a virar (isso mesmo, começar porque é um processo constante), acontece a mágica. Nosso mundo fica mais leve e descobrimos como pequenas ações fazem uma grande diferença no nosso entorno. 

Eu acho que essa é a verdadeira revolução.

Disseram que ontem seria a última lua cheia do ano. Meu filho, astrônomo mirim, disse que era uma lua especial, cheia de energia magnética e que a força da gravidade seria afetada.

Os presentes, crianças de 4 a 12 anos, ouviam fascinados, até que algo suspeito ocorreu: às 19 horas a lua ainda não tinha aparecido. Foi um caos! As crianças acharam que algo terrível aconteceria. Perguntaram para que servia a lua. Eu disse:

- Para controlar as marés?

- E se ela sumir. O que acontece?

- As marés ficariam sem controle?, respondi com outra pergunta.

Foi o suficiente para outro rebuliço.

- Tsunami!

- Vamos ficar sumidos!

- Vou morrer!

- Quero a minha mãe!!

O astrônomo mirim pegou seu tablet, mirou o céu e começou a formular cálculos e teorias sobre o sumiço da lua. Nenhuma otimista.

Perto das 8, começamos a nos organizar pra dormir, qdo resolvi dar a última olhada. Lá estava ela.

- A lua apareceu!

As crianças gritavam, alegres que a profecia do astrônomo mirim tinha fracassado,  quando alguém disse:

- Tem que fazer um desejo!!

- Porque tem que fazer um desejo?

- Porque essa lua é mágica!

- É mágica mesmo! Eu acabei de fazer meu pedido e a luz daquela casa ascendeu.

- Desejo tomar a vacina da covid.

- Quero ficar aqui pra sempre.

- Quero ser imortal.

- Imortal? Você está louca? Seus pais vão morrer, seus primos vão morrer e você vai ficar na terra sozinha!

- Buaaaaa! Eu não quero ser imortal!

- Cancele o pedido e faça um novo!

- E pode cancelar o pedido?

- Claro que pode! Mas faz logo antes que perca o prazo de validade.

- Tá bom! Eu quero cancelar o pedido lua.

- E você fez um pedido novo?

- Melhor não, né? Já fiz uma besteira.

Quando todos dormiram, coloquei uma cadeira do lado de fora e olhei para o céu e para meu marido que tinha acabado de se sentar ao meu lado.

- Você fez um pedido?

- Sim. Pedi saúde.

- É, saúde é importante, eu disse. Mas eu quero pedir mais autenticidade. Quero ser como as crianças. Se eu estiver de bem comigo mesma, tudo flui. Como mágica